Ave rara tratada no Zoo é devolvida à natureza
Uma equipe do Parque Zoológico da Fundação Zoobotânica do RS, em Sapucaia do Sul, acompanhados de técnicos da Unisinos e do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre realizou o trabalho de soltura de um falcão-peregrino na manhã desta quarta-feira(1º) na sede do Zoo. A ave havia sido encontrada em Porto Alegre pela Patrulha Ambiental e encaminha ao Hospital Veterinário do Parque, para recuperação. O animalzinho passou pelo procedimentos de medição, pesagem e identificação antes de ser devolvido à natureza.
Segundo a médica veterinária responsável pelo Hospital Veterinário do órgão estadual, Maria do Carmo Both, a ave estava debilitada e precisou ser medicada. “Acreditamos que ele tenha se chocado com algum prédio e ficado desorientado”, acrescentou. O falcão-peregrino alimenta-se principalmente de aves de porte médio, como pombos, mas morcegos e até grandes insetos também podem fazer parte de sua dieta.
O pesquisador da Fundação Zoobotânica, Glayson Bencke explicou que “o falcão-peregrino é uma das aves de rapina mais famosas do mundo e a mais apreciada pelos praticantes da arte da falcoaria”. A espécie é legendária pela velocidade que atinge em voo, ao perseguir suas presas. Existem relatos que pode chegar a até 440 km/h, o que faz do falcão-peregrino a criatura mais veloz sobre a face do planeta.
No Brasil e no Rio Grande do Sul a espécie não se reproduz, mas aparece como ave migratória vinda da América do Norte, ocupando paisagens abertas e também cidades. Permanece por aqui da primavera ao início do outono. Os exemplares que chegam ao Rio Grande do Sul pertencem à população mais setentrional da espécie, que nidifica na tundra ártica, ou seja, no Alasca, norte do Canadá e Groenlândia. Essa população pode migrar até o sul da América do Sul, o que representa um deslocamento anual de aproximadamente 22 mil km.